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Aluna do IFSP - Jundiaí recebe 2º lugar em Olimpíada de Redação

  • Publicado: Sexta, 01 de Novembro de 2019, 12h46
  • Última atualização em Sexta, 01 de Novembro de 2019, 12h46
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A aluna Isabella de Morais Gomes, do 1º ano do Ensino Médio integrado ao Técnico em Logística do IFSP – Câmpus Avançado Jundiaí, conquistou a segunda colocação na categoria juvenil da Olimpíada de Redação de 2019 promovida pela Biblioteca Municipal Professor Nelson Foot, da Prefeitura de Jundiaí. Foram mais de 3,8 mil textos recebidos, de participantes de 63 cidades de 12 estados do país.

Com tema inspirado no clássico “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, as redações versavam sobre a citação “O essencial é invisível aos olhos”, relacionando-a à inteligência emocional.

O texto de Isabella participou do gênero dissertativo-argumentativo, destinado aos estudantes do 1º ao 3º ano do Ensino Médio regular ou técnico. A premiação aconteceu no dia 18/10, no Parque da Uva, em Jundiaí. Isabella nos contou, emocionada, que não imaginava ter chances de ganhar: “Fiquei muito surpresa quando me chamaram ao palco, muito feliz. Não teria conseguido escrever o texto sem o apoio emocional e o incentivo da minha família e dos servidores do IFSP.”

O IFSP – Câmpus Avançado Jundiaí parabeniza a aluna e os demais vencedores!

Aluna do IFSP recebe prêmio na 15ª Olimpíada de Redação de Jundiaí.

Segue abaixo o texto vencedor da estudante. A relação completa de textos premiados pode ser conferida no site da Biblioteca Municipal, clicando aqui.

 

2º LUGAR CATEGORIA JUVENIL

Isabella de Morais Gomes

“A fina arte de lidar com as amizades”

Desde os primórdios estudos da Neurociência e da Psicologia, pesquisadores tentam decifrar a capacidade, o funcionamento, as particularidades e as limitações da mente humana - a melhor peça de tecnologia já desenvolvida e o mecanismo mais complexo da humanidade. As funções desse mecanismo vão além dos aspectos cognitivos: podemos citar os pensamentos e emoções que são extremamente importantes para definir quem somos e nossas relações interpessoais - por exemplo a amizade. Saber lidar e administrar esses sentimentos parece ser uma grande questão e a inteligência emocional, certamente, atende esse quesito, nos auxiliando a lidar com as emoções para assim facilitar a formação de laços amistosos.

A inteligência emocional ultrapassa as funções básicas do cérebro e ela remete a ideia da capacidade de conduzir nossas emoções, ter autoconhecimento, deixar de agir por impulso, conseguir superar as frustrações e conectar- se às outras pessoas com facilidade.

Durante a infância deparamo-nos com a seguinte situação: a administração do cérebro e principalmente, das emoções - nesse período os indivíduos iniciam uma nova fase, conhecendo e convivendo com outras crianças, ao que tudo indica, na escola. A interação dessas crianças é essencial para aprenderem a lidar com o mundo e suas próprias competências, porém nem sempre essas relações são harmoniosas. Muitas crianças têm dificuldade para socializar e estabelecer quaisquer relações de amizade, isso ocorre em razão de não controlarem bem suas emoções.

O professor de Neurobiologia, Steven Asher, projetou sessões de “treinamento para amizade” identificando algumas crianças menos queridas e rejeitadas pelos colegas da escola e as treinou para agirem de outras formas - como buscar soluções em vez de brigar com um amigo; conversar, escutar e olhar para os outros para compreenderem o que eles estão sentindo; sorrir, dizer coisas simpáticas e encorajadoras, ou seja, praticar o ato da empatia. Logo, o treinamento resultou na integração desses alunos pois aprenderam a lidar com as suas emoções e as outras crianças. Atualmente, existem diversos programas de ensinamento sobre a inteligência emocional para crianças e a “aprendizagem social e emocional” já se tornou um componente curricular nos Estados Unidos, Cingapura e outros países.

Segundo o psicólogo Daniel Goleman, primordialmente, as crianças têm de aprender a reconhecer e classificar com precisão seus sentimentos e como devem agir; em seguida, devem aprender as atividades de empatia para se tornar capazes de identificar pistas não verbais sobre como outras pessoas se sentem; logo nos últimos anos da vida estudantil, precisam identificar o que gera estresse ou o que as motiva a ter melhor desempenho, como também, capacitar- se a resolver conflitos em vez de agravá-los.

Portanto, é essencial aprendermos a lidar com os nossos sentimentos e a praticar a empatia, para estabelecer quaisquer relações de amizade; pois esta se baseia na compreensão dos sentimentos e pensamentos de ambas as pessoas, em uma ajuda mútua, além da troca de carinho e momentos que podem ser inesquecíveis. Nesse sentido, a inteligência emocional nos auxilia na formação destas relações e na continuidade harmoniosa do relacionamento e acredita-se que, sem ela, nós não estaremos aptos para esses eventos da vida.

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